Livro: "Argumentação e movimento de línguas: espaço de enunciação em São Carlos, fronteira Brasil/Uruguai, Argentina"

Nossas reflexões em grupo sobre o movimento de línguas iniciaram-se num trabalho de pesquisas realizado na cidade de São Carlos, cujo objetivo era realizar uma estimativa das línguas estrangeiras aí faladas. Esses dados revelavam que o espanhol era a língua mais falada e o inglês era a segunda língua estrangeira mais falada. Encontramos também falantes que tinham outra língua como língua materna, no caso o italiano, que falavam o português. Vimo-nos diante de ingleses, franceses,  holandeses, alemães, surinameses e japoneses que falavam o inglês. Esses dados foram úteis para problematizar a questão da relação entre línguas. Interessava, a partir da Semântica do Acontecimento e da Análise de Discurso, tratar do funcionamento das línguas nesse espaço de enunciação, e, assim, tratar, de um lado, da divisão entre línguas, da hierarquização dessas línguas na distribuição num espaço que se diz homogêneo e, de outro, tratar também do processo de identificação dos sujeitos nessas línguas, de como os sujeitos mobilizam as línguas de modo a orientar para a exclusão de uma ou outra língua. A relação entre línguas dá-se num espaço de embate e aí articulamos esse embate à argumentação, tratando do político.

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