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Livros feitos pela UEHPOSOL.

X Jornada de Políticas Linguísticas – fotos das apresentações e homenagens

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Conferência do Prof. Dr. Eduardo Guimarães, fundador da Semântica do Acontecimento.

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Conferência do prof. Gabriel Leopoldino dos Santos.

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Entrega do Livro “Os sentidos de Escravidão e outros temas: análises em Semântica do Acontecimento” para Prof. Dr. Eduardo Guimarães.

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Homenagem a Carlos Botelho com o lançamento do livro “Entrevista com Paulo Botelho: memória da escravidão em São Carlos”, de autoria da Professora Dra. Soeli Maria Schreiber da Silva.

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Lançamento do livro “Os sentidos da Escravidão e outros temas: análises em Semântica do Acontecimento”, organizado pelas professoras Soeli Maria Schreiber da Silva e Carolina de Paula Machado.

O livro é uma homenagem a Eduardo Guimarães com artigos sobre a escravidão, que se apoiam na Semântica do Acontecimento.

“Os estudos da significação apresentados neste livro revelam o vigor da abordagem enunciativa. Por meio dos conceitos de acontecimento e de memorável, bem como o desenvolvimento específico dos conceitos de designação e argumentação, diversas análises são empreendidas. Boa parte delas estão voltadas para a compreensão dos sentidos de escravo e escravatura no Império Brasileiro e na atualidade. Os objetos de análise no livro não se esgotam com esse tema. As temáticas da tradução e da designação, principalmente de cidades e ruas, bem como os desdobramentos do conceito de argumentação nos estudos enunciativos, são também abordadas na obra. Certamente, o leitor vai encontrar na leitura desta obra um importante recorte do campo de estudos da enunciação da maneira como esse campo tem sido desenvolvido no Brasil”,  Prof. Dr. Luiz Francisco Dias (UFMG).

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Entrevista com Paulo Botelho: memória da escravidão em São Carlos (disponível)

A entrevista com o munícipe Paulo Botelho, feita pela professora Dr. Soeli Maria Schreiber da Silva (DL-UFSCar) já está disponível no link abaixo:

https://drive.google.com/file/d/1M-42ibOopNGBTYUfaKss2LsbNMuKuQD_/view?usp=sharing

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Livro: Estudos dos Sentidos – Na Semântica e no Discurso

Organizadoras: Soeli Maria Schreiber da Silva e Carolina de Paula Machado

 

APRESENTAÇÃO

Grande parte dos artigos e conferências aqui reunida é composta de estudos de semântica em diversas linhas que abordam questões de grande relevância para a área. As diversas reflexões trazidas pelos artigos, de autores de universidades nacionais e estrangeiras, conduzem o leitor por um percurso que o leva a redimensionar a questão do sentido, por vieses semânticos e discursivos, por tocarem em pontos centrais através de noções chave como textualidade, argumentação, designação, subjetividade, acontecimento, enunciação, entre outros. Alguns dos artigos aqui publicados foram apresentados na Jornada de Semântica do Acontecimento tendo sido transcritos por Gabriel Leopoldino dos Santos (doutorando em Linguística na Unicamp).

O artigo de Eduardo Guimarães, professor e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), do Laboratório de Estudos Urbanos (LABEURB) teve como objetivo expor como uma análise semântica pode contribuir para a análise de texto. Sua unidade de análise, na perspectiva teórica da Semântica do Acontecimento, é o enunciado, mas o ponto de partida é a maneira como os sentidos de uma palavra se constituem destacando a relação integrativa entre palavra, enunciado e texto. Ele distancia-se de uma posição referencialista para tratar a questão dos sentidos e, para isso, são revisitados os conceitos analíticos de reescritura e articulação mostrando que os sentidos das palavras dependem da relação que elas estabelecem com outras palavras no interior do texto o que pode contribuir para a realização de uma análise textual. Esta conferência transcrita teve como debatedor o professor e pesquisador Luiz Francisco Dias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Luiz Francisco Dias também contribui para as reflexões sobre o sentido juntamente com Igor Caixeta Trindade Guimarães através de um artigo em que  deslocam conceitos tradicionais numa abordagem sintática formal elaborando o conceito de formação nominal(FN) a partir de duas categorias gramaticais tradicionais: o complemento nominal e o adjunto adnominal. A questão central é que eles, a partir da semântica enunciativa, apreendem a formação nominal em acontecimento, afirmando que a FN “guarda uma potencialidade de observação da realidade”. Em sintagmas nominais complexos eles mostram que há os complementos nominais que determinam os nomes nucleares atualizando seus sentidos pelo acontecimento enunciativo de que fazem parte, ou seja, os nomes determinantes “reencapsulam” os substantivos nucleares produzindo uma diferenciação no dominío referencial do nome. Já os adjuntos adnominais teriam apenas um papel regulador do domínio referencial dos nomes que determinam.

Sheila Elias de Oliveira, professora e pesquisadora do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP, em seu artigo, trata da argumentação no interior da semântica linguística, relação que é desenvolvida por Oswald Ducrot e J. C. Anscombre. Ela faz uma reflexão, a partir da posição materialista, sobre a autocrítica realizada por Ducrot sobre a noção de Topos em sua teoria argumentativa que não atenderia aos princípios estruturalistas,  o que o levaria a defender a noção de blocos semânticos.

Soeli M.S. da Silva, professora e pesquisadora na Universidade Federal de São Carlos, da Unidade de Pesquisa em Estudos Histórios Políticos e Sociais da Linguagem (UFSCar-UEHPOSOL) discute a articulação no funcionamento enunciativo textual no interior e por sobre os limites do enunciado, tratando especificamente das articulações em que se dão as operações argumentativas. Para tanto, ela toma como objeto de análise o objeto jurídico e observa como o memorável sustenta os enunciados que estão articulados argumentativamente, enunciados estes que são paráfrases, de modo a levar à conclusão. Sua conferência teve como teve como debatedores os professores e pesquisadores Mónica Zoppi-Fontana, da Universidade Estadual de Campinas e José Horta Nunes também da UNICAMP- LABEURB.

Em seu artigo, Carolina de Paula Machado, também professora e pesquisadora da UFSCar-UEHPOSOL, discute a relação entre línguas no espaço de enunciação político da ciência, tratando, da Política de Línguas a partir da perspectiva da Semântica do Acontecimento. A autora analisa quatro obras de referência nas Ciências Sociais que tratam da formação social do Brasil na primeira metade do século XX observando que em tais obras a língua portuguesa relaciona-se numa continuidade, isto é, praticamente sem tradução, com outras línguas tais como o inglês e o francês, não apenas através de expressões sem tradução mas através de parágrafos longos o que estabelece uma divisão hierarquizada do espaço de enunciação científico.

Claudia Freitas Reis, doutoranda na UNICAMP, faz uma reflexão também sobre a política de línguas mas no ciberespaço. Ela analisa o modo como dois importantes documentos divulgados pela UNESCO tratam do multilinguismo neste espaço. A autora mostra que a busca pela inclusão funciona pela contradição já que ela observa nestes textos que nem todas as línguas podem fazer parte do ciberespaço. Somente as que possuem uma normatização, uma regulação podem pertencer a este espaço, ficando de fora as línguas indígenas, entre outras línguas. Segundo ela, ao se procurar realizar a igualdade entre as línguas neste espaço virtual acaba-se apagando o sentido do político nessa política linguística.

Ekaterina Velmezova, pesquisadora e professora da Universidade de Lausanne “UNIL”- Faculdade de Letras- Laboratório CRECLECO, faz uma história das ideias do linguista M.M. Pokrovskij que se dedicou a estudos semânticos (semasiológicos) e sobre mudanças linguísticas entre os anos 20 e 30 do século XX, mas que não é lembrado no quadro de estudos linguísticos. Seus estudos uniram, segundo a autora, a semântica soviética e ocidental. Ela busca situar o linguista no contexto da história geral das ideias semânticas, chegando a colocar como possibilidade que ele possa ser considerado “como um dos primeiros semanticistas russos mais importantes”.

Dirceu Cleber Conde, professor e pesquisador da UFSCar, trata da não linearidade da enunciação actancial de um dêitico tanto em troca de turnos de fala quanto em textos escritos. O autor analisa redações escolares nas quais observou a alternância de utilização da primeira pessoa para a utilização de terceira pessoa indeterminada (não-pessoa) ou ainda para primeira pessoa do plural. Através das análises das redações, ele observa então ser a enunciação actancial um fenômeno tridimensional, sendo a utilização da não pessoa predominante em relação à primeira pessoa do singular e primeira pessoa do plural.

No artigo intitulado “A enunciação da expressão acordo ortográfico no ciberespaço a partir da perspectiva do lugar do leitor”, Fabiana Steingenberger, doutoranda na Universidade Federal de São Carlos, apresenta o domínio semântico de determinação desta expressão a partir da análise de reescrituras e articulações em comentários (posts) do blog “ILC contra o Acordo Ortográfico: ler, assinar, divulgar”. Em sua análise, observa-se o funcionamento político dos sentidos na medida em que eles vão se constituindo na cena enunciava já que os locutores enunciam em diferentes posições.

Este livro também conta com a transcrição da conferência da lexicógrafa Margarita Correia, professora e pesquisadora do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEL) da Faculdade de Letras Universidade de Lisboa e da transcrição da conferência do analista de discurso José Horta Nunes do Labeurb da UNICAMP. Margarita Correia nos dá um panorama de como o léxico de uma língua, no caso, o português europeu, deixa transparecer o preconceito racial. Para tanto, a professora analisa artigos de dicionários portugueses observando que o preconceito pode ocorrer através dos significados que atribuímos às palavras e na maneira como elas são descritas pelo lexicógrafo levando-nos a refletir sobre a prática lexicográfica.

José Horta Nunes tratou da noção de acontecimento na Análise do Discurso, fazendo uma análise do acontecimento “Universidade na Praça”, no qual os pesquisadores vão para a praça da cidade. Ele começa discutindo a noção de acontecimento do livro “Estrutura ou Acontecimento” de Michel Pêcheux, destacando o equívoco e as falhas da língua, assim como a questão do método para a análise. Para realizar a reflexão sobre o acontecimento na praça, ele fala da maneira como os sujeitos se relacionam com a cidade, a partir dos trabalhos de Eni Orlandi, sendo a cidade significada historicamente como o lugar do instável, do tumulto, do problemático. No acontecimento analisado por Nunes, as falas de um historiador e de um capoeirista que participavam do acontecimento são analisadas mostrando assim as formas como eles se relacionam com a praça e como esta vai sendo significada. Sua conferência foi debatida pela professoar Soeli M. S. Da Silva.

O livro ainda traz uma entrevista com o professor e pesquisador Patrick Sériot da Faculdade de Letras e do Laboratório CRECLECO da Universidade de Lausanne,transcrita por Julio Machado,doutorando em Línguística na UFSCar e professor da  FESP –UEMG, realizada pelos pesquisadores da UEHPOSOL da UFSCar, e uma resenha feita por Maria Tereza Martins, doutoranda da Universidade Estadual de São José do Rio Preto sobre o artigo “Aliás: argumentação, polifonia e topos na linguagem”, publicado na revista  Signo&Seña, n.09, de 1998, de autoria de Soeli Maria Schreiber da Silva. Nesta resenha, a autora ressalta a importância do artigo resenhado para aqueles que estudam semântica argumentativa uma vez que expõe através de enunciados irônicos em que se utilizam o operador argumentativo aliás a presença de três enunciadores e não apenas dois, e que o operador em questão possibilita uma orientação contrária ao que foi enunciado.

Enfim, este livro reúne artigos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros de instituições universitárias renomadas, brasileiras e do exterior, que, das mais variadas formas, seja por meio da Semântica, da Análise de Discurso ou da História das Ideias Linguísticas, tratam da questão do sentido contribuindo para algumas de suas questões fundamentais. A diversidade de olhares sobre esse tema e os debates por ele suscitados mostram a importância e a complexidade de um tema que nunca se esgota.

Soeli Maria Schereiber da Silva

Carolina de Paula Machado

( Organizadoras)

O livro está disponível para venda na livraria Machado de Assis (www.livrariamachadodeassis.com.br  )

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Livro: "Argumentação e movimento de línguas: espaço de enunciação em São Carlos, fronteira Brasil/Uruguai, Argentina"

Nossas reflexões em grupo sobre o movimento de línguas iniciaram-se num trabalho de pesquisas realizado na cidade de São Carlos, cujo objetivo era realizar uma estimativa das línguas estrangeiras aí faladas. Esses dados revelavam que o espanhol era a língua mais falada e o inglês era a segunda língua estrangeira mais falada. Encontramos também falantes que tinham outra língua como língua materna, no caso o italiano, que falavam o português. Vimo-nos diante de ingleses, franceses,  holandeses, alemães, surinameses e japoneses que falavam o inglês. Esses dados foram úteis para problematizar a questão da relação entre línguas. Interessava, a partir da Semântica do Acontecimento e da Análise de Discurso, tratar do funcionamento das línguas nesse espaço de enunciação, e, assim, tratar, de um lado, da divisão entre línguas, da hierarquização dessas línguas na distribuição num espaço que se diz homogêneo e, de outro, tratar também do processo de identificação dos sujeitos nessas línguas, de como os sujeitos mobilizam as línguas de modo a orientar para a exclusão de uma ou outra língua. A relação entre línguas dá-se num espaço de embate e aí articulamos esse embate à argumentação, tratando do político.

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Livro: "Sentidos do povo"

Sob uma diversidade de perspectivas teóricas, este livro apresenta reflexões sobre a palavra POVO em diferentes contextos, fornecendo análises da produção de efeitos de sentido  e explorando a dimensão linguístico-discursiva da palavra, tendo como eixo os estudos históricos, políticos e sociais da linguagem na relação com o discurso.

Organizadora: Soeli Maria Schreiber da Silva

Com textos de:  Eni Orlandi, Soeli Maria Schreiber da Silva, Gladis Maria de Barcellos Almeida, Vanice Oliveira Sargentini, Valdemir Miotello e João Carlos Massarolo.

 

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