Arquivo da categoria: Artigos

Artigos desenvolvidos pelos integrantes da UEHPOSOL.

AS MIGRAÇÕES E AS LÍNGUAS, AS RELAÇÕES ENTRE O PORTUGUÊS E O FRANCÊS NA SUÍÇA: UM ESTUDO DO ESPAÇO DE ENUNCIAÇÃO

Profª. Drª. Soeli Maria Schreiber da Silva e Prof. Dr. André Stefferson M. Stahlhauer

Artigo disponível em: http://www.revistalinguas.com/edicao36/artigo10.pdf

Resumo: Devido aos inúmeros movimentos migratórios, a Suíça tem se tornado cada vez mais heterogênea em sua configuração populacional e linguística. Graças aos acordos de livre circulação entre os europeus, à crise político-econômica em Portugal e à crescente oferta de mão de obra, a Suíça tornou-se um bom lugar para os portugueses trabalharem. Eles representam a terceira maior comunidade (de língua) estrangeira neste país, atrás somente dos alemães e italianos. Nosso objetivo nessa discussão é observar os processos enunciativos envolvidos na produção dos sentidos sobre a língua portuguesa em relação às outras da e na Suíça e de seus falantes, enquanto categorias do simbólico. Predicados como “trabalhadores discretos”, os portugueses, as suas falas e as falas sobre eles podem ser notadas em materiais oficiais, produtos alimentícios, slogans e fachadas de lojas e armazéns ou em tantos outros ambientes. Ou seja, fala-se o português na Suíça e tal gesto significa em um espaço já tomado por outras línguas, por outras identidades e divisões sociais.

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A GEOGRAFIA, A IDENTIDADE DAS LÍNGUAS E AS DIVISÕES DE LANGUES E DIALECTES NO SITE DE RELAÇÕES ESTRANGEIRAS DA SUÍÇA: REFLEXÕES SOBRE O SENTIDO DA DESIGNAÇÃO NO TEXTO

Profª. Drª. Soeli Maria Schreiber da Silva e Prof. Dr. André Stefferson M. Stahlhauer

Artigo disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8647950

Resumo: Propomos, neste artigo, uma leitura/ interpretação do funcionamento da designação de língua em uma versão do site do Département fédéral des affaires étrangères DFA da Suíça (Departamento Federal de Relações Estrangeiras), www.swissworld.org/fr, a fim de mostrar que sua enunciação e sua inscrição na internet se dão quando a língua é recortada pelas relações que particularizam os lugares de dizer na era da informação. Nesse sentido, pretendemos observar como a Suíça, como Estado, representa suas línguas e suas diferenças em um site pelas operações enunciativas que o locutor-WebEstado inscreve no funcionamento da designação de Langues et dialectes (línguas e dialetos), no texto do site.

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ARGUMENTAÇÃO, TEXTUALIDADE E POLÍTICA DE LÍNGUAS: A LÍNGUA POLONESA DO PARANÁ

Profª. Drª. Soeli Maria Schreiber da Silva

Artigo disponível em: http://www.entremeios.inf.br/published/217.pdf

 

Resumo: Este artigo trata de política de língua, especialmente na relação entre Língua Portuguesa e Língua Polonesa do Paraná. Inscreve-se na Semântica do Acontecimento. Articula três conceitos importantes numa semântica enunciativa: argumentação, textualidade e espaço de enunciação, aliados ao político e ao agenciamento enunciativo.

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Enunciação e Acontecimento: Um breve Percurso Teórico Sobre a Constituição dos Sentidos

Artigo disponível em: http://www.discursividade.cepad.net.br/EDICOES/09/09.htm

Rosimar Regina Rodrigues de Oliveira

Ana Cláudia Fernandes Ferreira

Carolina de Paula Machado

Elizete Azambuja

Organizadoras

Este número da Web-Revista Discursividade, que centra suas discussões nos estudos da linguagem, tem como objetivo homenagear o professor e pesquisador Eduardo Roberto Junqueira Guimarães, especialmente por sua dedicação à pesquisa, que culminou no desenvolvimento da Semântica Histórica da Enunciação ou Semântica do Acontecimento.

A maioria dos trabalhos aqui reunidos foi escrita por alguns de seus orientandos, ex-orientandos, autores de diferentes gerações, diferentes caminhos e diferentes histórias, ou por pessoas que querem homenagear o professor Eduardo Guimarães por seu brilhante trabalho. Esses professores realizam suas pesquisas em diferentes instituições de vários lugares do Brasil, sendo esta reunião de artigos uma pequena amostra dos sentimentos de gratidão e admiração ao professor Eduardo Guimarães, por sua dedicação à pesquisa e/ou seu trabalho como orientador.

Os trabalhos produzidos por Eduardo Guimarães, na Semântica da Enunciação, fornecem um aparato teórico e metodológico constituído por conceitos capazes de descrever e interpretar os sentidos não de maneira estática, mas na sua constituição, no seu movimento. Nessa perspectiva, resultaram em um estudo da linguagem não apenas em sua estrutura, mas em seu caráter histórico-social e político.

Dentre os conceitos que fazem parte deste quadro teórico, temos o de acontecimento  que, atrelado ao de enunciação, dá a dimensão histórica da constituição dos sentidos. Através do conceito de memorável, Eduardo Guimarães considera também o presente e o futuro de interpretação. A noção de cena enunciativa, conforme estabelecida por ele, possibilita observar o sujeito, nas formas de locutor e enunciador, na relação com outros sujeitos e com as línguas que falam e que os constituem, o que nos leva a observar a linguagem por um viés político. Do ponto de vista analítico, há muitos conceitos que compõem a teoria desenvolvida por Eduardo Guimarães, dentre os quais destacamos o de reescritura e o de articulação, além do conceito de domínio semântico de determinação (DSD). Os primeiros possibilitam que se tome o enunciado, não isoladamente ou como um processo somatório, mas enquanto lugar de observação da palavra em relação ao texto. O último permite vislumbrar a designação de uma palavra em um texto e compreender os seus sentidos e a forma como eles significam algo do real. Isso contribui, em certa medida, para a leitura de uma história a partir do que as palavras significam em um texto.  Esta é uma pequena parte das suas contribuições para o desenvolvimento dos nos estudos semântico-enunciativos e argumentativos que abriram/abrem caminho para uma semântica que observa os sentidos nas diferentes práticas de linguagem.

As obras publicadas por Eduardo Guimarães são referências importantes para aqueles que se encontram no terreno movediço dos sentidos. Em Texto e argumentação, de 1983, ele já refletia sobre o lugar dos locutores na orientação argumentativa dos textos. No livro Os limites do sentido (1995), o autor situa a Semântica Histórica da Enunciação dentre os estudos semânticos desenvolvidos, de maneira a estabelecer a ponte com a história entendida como memória, enquanto na obra Semântica do Acontecimento (2002), a relação da enunciação com o conceito de acontecimento é redefinida e são dados os conceitos que permitem a manipulação analítica dos sentidos. Além dessas obras, há diversos outros artigos e livros, alguns deles organizados com outros autores e que contribuíram para tecer o percurso de sua teoria, sendo o livro Análise de Texto: procedimentos, análises, ensino (2011) o mais recente.

Nesta homenagem, destacamos o professor Eduardo Guimarães através de sua produção como semanticista. Mas não podemos deixar de mencionar também outras atividades de sua vida profissional, pois elas estão profundamente ligadas à sua reflexão intelectual.

Formado em Letras na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Santo Tomás de Aquino, de Uberaba, fez sua pós-graduação na USP, onde começou suas pesquisas em semântica. Tanto sua dissertação de mestrado (1976), como sua tese de doutorado (1979) tinham como centro de interesse o estudo da enunciação. A sua carreira como docente universitário começou na Faculdade de Letras Santo Tomás de Aquino. Lá lecionou de 1970 até 1972. Também foi professor da PUC de Campinas de 1979 a 1983 e é professor e pesquisador do IEL/Unicamp desde 1981.

Além de todas essas atividades, Eduardo Guimarães foi presidente do GEL, da ANPOLL, Diretor Executivo da Editora da Unicamp, Diretor do IEL e assessor especial do Reitor da Unicamp. Atualmente é conselheiro da Abralin e Coordenador do Labeurb/Unicamp.

Professor, orientador, autor, pesquisador, cientista, literato, editor, diretor, conselheiro… São muitos os cargos, funções e lugares que Eduardo Guimarães vem ocupando em sua vida acadêmica e que mostram a produtividade e a versatilidade do seu percurso profissional.

Assim, sua atuação, nas mais diversas esferas institucionais, proporciona uma dimensão do modo como ele se coloca politicamente diante da produção de conhecimento, que não pode estar isolado das instituições que sustentam esse conhecimento, da sociedade e da história. Ao mesmo tempo, este modo de trabalhar está indissociavelmente ligado ao seu percurso teórico e analítico no domínio da Semântica da Enunciação.

Enfim, Eduardo Guimarães faz esse percurso de teoria e análise de forma admirável. Em suas obras, aulas, conferências, conversas, reflexões consegue sempre capturar algum detalhe, muitas vezes, imperceptível a outros olhares, dando-lhe outra dimensão. E aí está uma característica essencial de seus estudos sobre a significação, que nos mostra como uma palavra de um enunciado se divide em tantos sentidos, em tanta história.

Campo Grande-Ms, Janeiro de 2012.

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PUBLICAÇÕES: A Unidade de Pesquisa disponibiliza textos eletrônicos.

1. Argumentação, Topos e Polifonia

Aliás: argumentação, polifonia e topos na linguagem, publicado na Revista Signo e Sena, em Buenos Aires, Argentina, nº 9, focaliza enunciados do português com aliás, com o objetivo de caracterizar essa forma com base na Teoria Polifônica da Enunciação, cuja análise é ampliada com a formulação da Teoria do Topos (1989 e 1995).

2. Performatividade e Interdiscursividade

Artigo publicado na Revista Brasileira de Letras, nº1, na linha da Semântica Histórica da Enunciação, trata da performatividade mostrando que ela se fundamenta em outras enunciações distintas daquela em que se produz e é por estas sustentada, considerando a ação a partir das posições do sujeito e da interdiscursividade. Nesse sentido a performatividade é histórica.

3. Argumentação, Cena Enunciativa , constituição dos lugares pelo funcionamento enunciativo, a prática política da linguagem.

Artigo publicado no Livro “Questões de Lingüística”, publicado pela Editora da Universidade de Passo Fundo. Trata das enunciações e como o dizer expõe a desigualdade nas práticas de linguagem. Para isso, trabalha-se com o conceito de Cena Enunciativa (Guimarães, 2000, p.12), tratando da constituição dos lugares pelo funcionamento da língua no jornal.


4. Orelha do livro “Argumentação e Interdiscursividade: um estudo do como se na lei e na jurisprudência-o caso do concubinato”

Orelha do livro “Argumentação e Interdiscursividade- um estudo do “como se” na lei e na jurisprudência: o caso do “concubinato”, publicado pela Editora Mercado Aberto- Porto Alegre e Editora da UFSCar.

5. Resenha do mesmo livro, escrita por Luiz Francisco Dias, em 2000. 

Resenha do Livro “Argumentação e Interdiscursividade: um estudo do como se na lei e na jurisprudência- o caso do concubinato” de Luiz Francisco Dias, escrita em 2000.

6. Terceiro Enunciador para Explicar a Ironia.

Artigo publicado no Caderno de Estudos Lingüísticos do IEL em homenagem a Oswald Ducrot – propõe um terceiro enunciador para explicar a ironia. A proposta foi endossada por Oswald Ducrot.

7. Argumentação e Política de Língua na Matéria “Povo-Fala” na TV.

Resumo de comunicação apresentada no Congresso Internacional “Políticas Culturais e Integração Regional, apresentado em Buenos Aires, Argentina.

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